Desafios do transporte de medicamentos e vacinas no Brasil são destaque no Valor Econômico

Desafios do transporte de medicamentos e vacinas no Brasil são destaque no Valor Econômico

A reportagem da Revista Logística, publicada no Valor Econômico em 14 de abril de 2025, aborda os desafios complexos do transporte de medicamentos e vacinas no Brasil, um país de dimensões continentais e infraestrutura logística desigual.

Principais desafios destacados:

1. Exigências de armazenamento e transporte (cadeia de frio)

  • Muitos medicamentos, especialmente vacinas, biológicos e insumos farmacêuticos, exigem controle rígido de temperatura (entre 2°C e 8°C ou mesmo em freezers a -20°C/-70°C), licenças e processos específicos tanto quem autorizem e certifiquem o trabalho da empresa com esse tipo de produto, quanto para saber como lidar, principalmente em caso de produtos classificados sob categoria ONU, por exemplo, com risco de contaminação através de manuseio incorreto e, inclusive, contaminação do solo em caso de acidentes, entre outros.
  • Muitos medicamentos, especialmente vacinas, biológicos e insumos farmacêuticos, exigem controle rígido de temperatura (entre 2°C e 8°C ou mesmo em freezers a -20°C/-70°C), licenças e processos específicos tanto quem autorizem e certifiquem o trabalho da empresa com esse tipo de produto, quanto para saber como lidar, principalmente em caso de produtos classificados sob categoria ONU, por exemplo, com risco de contaminação através de manuseio incorreto e, inclusive, contaminação do solo em caso de acidentes, entre outros.
  • Qualquer variação térmica pode comprometer a eficácia do produto, exigindo embalagens térmicas especiais, sensores de monitoramento e veículos refrigerados.
  • O custo elevado dessas soluções impacta o preço final, especialmente em regiões mais distantes.

2. Infraestrutura precária e condições climáticas adversas

  • Estradas mal conservadas, portos congestionados e aeroportos com capacidade limitada aumentam os riscos de atrasos e avarias.
  • Em regiões como o Norte e Nordeste, a falta de rodovias pavimentadas e a dependência de transportes fluviais ou aéreos tornam a logística mais cara e lenta.
  • Extremos climáticos (calor intenso no sertão, chuvas na Amazônia) exigem adaptações para evitar danos às cargas.

3. Dificuldades de distribuição em áreas remotas

  • Comunidades indígenas, ribeirinhas e cidades do interior enfrentam falta de acesso regular a medicamentos.
  • Soluções inovadoras estão sendo testadas, como:
  • Drones para entregas rápidas em locais de difícil acesso.
  • Parcerias com agentes comunitários de saúde e ONGs para distribuição final.
  • Centros de distribuição regionais para reduzir o tempo de entrega.

4. Burocracia e regulamentação

  • A Anvisa exige rigoroso controle documental e rastreabilidade, o que pode atrasar entregas e trazer problemas quando a busca é por preço e não por qualidade, abrindo possibilidade de abertura de prestação de serviços por empresas não homologadas que desconhecem as normas e exigências.
  • Impostos e taxas variam entre estados, aumentando a complexidade do transporte interestadual.

5. Avanços e soluções em desenvolvimento

  • Tecnologias de monitoramento em tempo real (IoT, blockchain) para rastrear temperatura e umidade durante o transporte.
  • Investimentos em infraestrutura, como a modernização de portos e ferrovias, podem melhorar a eficiência a longo prazo.
  • Parcerias público-privadas (PPPs) para ampliar a cobertura logística em regiões carentes.

Conclusão da reportagem:

Apesar dos avanços tecnológicos, o Brasil ainda enfrenta obstáculos críticos na distribuição de medicamentos e vacinas. Soluções integradas – combinando inovação, investimento em infraestrutura e políticas públicas eficientes – são essenciais para garantir que os produtos cheguem com qualidade, rapidez e custo acessível a todas as regiões do país.


Fonte: Valor Econômico

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